Schwarzenegger posa, Helder demitiu, Wilson protege ongueiros. E o caboclo? Continua pobre.”

Opinião/Informação:

Antes de comentar sobre esse encontro ratifico que essa proteção a ongueiros no Amazonas começou com Eduardo Braga, passou por Omar e continua até hoje.

O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger foi nota dez nas telas, mas o GCS (ou GCF) Task Force que ele criou em 2008, há 16 anos, em nada mudou a realidade do caboclo que preservou o verde para que os Estados Unidos continuem poluindo. E este novo encontro, como bem disse o governador do Pará em sua postagem, não é nada mais que “o maior evento de investidores do mundo”. Investidores! Será que é por isso que o governador Wilson Lima não exonera seu secretário de Meio Ambiente?

Wilson anda pelo interior e vê de perto a miséria que impera. Sabe que os milhões captados ao longo de anos não melhoraram a vida de quem o elegeu duas vezes, sem nunca ter sido político. Sua gestão, assim como as anteriores, não tirou do papel o ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico), e por isso a crise avança no sul do Amazonas. Sua gestão, assim como as passadas, também não colocou um centavo no bolso do caboclo que preserva o verde por meio de crédito de carbono e REDD+. Captar recursos e não fazê-los chegar na ponta precisa ser tema de uma CPI séria na ALEAM, a exemplo do que já vem sendo investigado pelo MPF no Projeto Mejuruá e pelo MPC na parceria SEMA x FAS.

Lá no Pará, Helder Barbalho demitiu ano passado o seu secretário de Meio Ambiente. Já no Amazonas, desde 2003, todos os governadores têm medo de mexer com a ONG FAS. Por quê? Vale lembrar: essa ONG já recebeu R$ 500 milhões em 15 anos. Estaria aí a razão?

Hoje, junto à foto abaixo, recebi a seguinte mensagem de um leitor do Portal Thomaz Rural:

“Mano, é isso que sustenta ele na cadeira: acesso a globais e atores, com discursos prontos em defesa da floresta. O titular da SEMA é só uma peça na engrenagem que envolve ONG, mídia e interesses globais numa Amazônia pobre e subdesenvolvida.”

Acrescento a essa mensagem os milhões que já entraram no Amazonas ao longo das décadas, sendo o mais recente os R$ 78 milhões do banco alemão KfW. E aí fica a pergunta: o que mudou para quem vive da floresta?

Para contextualizar: a GCS (ou GCF) Task Force, criada em 2008 por Schwarzenegger, é uma coalizão internacional de governos subnacionais que diz atuar na proteção de florestas tropicais e mitigação das mudanças climáticas. Na prática, organiza encontros, promove cooperação técnica e troca de boas práticas, com a promessa de incluir populações tradicionais e indígenas em soluções de preservação. Promessa essa que, 16 anos depois, não mudou a vida do caboclo que continua pobre, sem acesso aos recursos que chegam em nome do verde que ele preserva.

THOMAZ RURAL

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