Opinião/Informação:
Chega de manter o Amazonas travado em benefício exclusivo de países ricos, enquanto a população local permanece na miséria. As imagens que circulam comprovam que, além de preservar aproximadamente 80% da floresta amazônica, contribuindo de forma essencial para a saúde do planeta — e sem receber nenhuma compensação financeira efetiva —, contamos com o apoio da ciência, representada pelos pesquisadores da EMBRAPA, que desenvolvem e difundem tecnologias sustentáveis adaptadas à nossa realidade (as fotos comprovam)
A narrativa de que o povo amazônida deve apenas preservar sem explorar minimamente seus recursos está ruindo. Nenhuma política internacional conseguirá conter um povo que passa fome, pois a busca por uma vida digna é um direito humano fundamental, previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos (Art. 25).
Parabenizo os produtores de Guajará: suas práticas demonstram que é possível produzir de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e promovendo o desenvolvimento social e econômico da região.
Por isso, é fundamental que o Brasil e a comunidade internacional reconheçam, de forma concreta e direta, o papel dos produtores rurais na preservação da floresta. Devemos exigir mecanismos financeiros eficazes, que assegurem a remuneração pelos serviços ambientais prestados. Esse pagamento deve ser realizado diretamente na conta do produtor, sem burocracia excessiva e sem a interferência de intermediários que desviem recursos ou atrasem a sua chegada ao verdadeiro guardião da floresta.
Preservar é um dever, mas também deve ser um direito economicamente reconhecido. A justiça social e ambiental exige isso.
THOMAZ RURAL






