Minha esperança é que o governo Wilson Lima inicie essa virada histórica parada desde 2003. Tem tempo!

Opinião/Informação:

O sul do Amazonas lembra muito bem — e sem nenhuma saudade — o que a Secretaria de Meio Ambiente fez com os produtores rurais durante o governo Eduardo Braga. À frente da pasta estava o atual dirigente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). Para muitos produtores, o que se viu naquele período foi um verdadeiro engessamento ambiental desproporcional, sem qualquer consideração pelo contexto social e econômico da região. A crítica é clara: houve mais repressão do que planejamento, sem diálogo e sem a oferta de alternativas produtivas sustentáveis viáveis. A situação foi agravada pela ausência do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o instrumento que deveria definir com transparência e responsabilidade onde se pode produzir e onde se deve conservar. Sem ele, os produtores ficaram à mercê de decisões unilaterais e, muitas vezes, arbitrárias da administração ambiental. Até hoje, o Amazonas segue sem um ZEE aprovado, como mostra inclusive registro fotográfico recente. Isso é reflexo do desinteresse deliberado de setores “ambientalistas” que atendem a pressões e agendas externas, travando o crescimento do nosso estado. A pergunta que fica é: até quando os governadores vão continuar ouvindo quem isola, empobrece e aumenta a fome no Amazonas? Essa política tem efeitos graves sobre a soberania e a segurança alimentar do nosso povo. Esse abandono do ZEE vem desde 2003. Mas ainda há tempo de mudar. A esperança é que o governo Wilson Lima assuma essa responsabilidade histórica e inicie essa virada — até porque, se não o fizer, 2026 pode repetir o cenário de desgaste que derrubou seu principal concorrente ano senado federal em 2018. O sul do Amazonas não aguenta mais tanto descaso, especialmente vendo que estados como Amapá e Roraima já avançaram com seus ZEEs. O nosso povo merece o mesmo respeito e a mesma chance de crescer com equilíbrio, dignidade e liberdade produtiva. E temais: Implementar o ICMS ecológico antes do ZEE é um absurdo gigantesco. O ZEE é o maior guarda-chuva econômico e ambiental, depois vem o resto. Como o Amazonas é gigante, feche o ZEE do Purus e do Sul do Amazonas (na foto, o que eles querem para ter segurança jurídica). Na UFAM, tem dois doutores que ajudaram no ZEE de Roraima (Dr. Alexandre Rivas e Sérgio Gonçalves).

THOMAZ RURAL

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