Opinião/Informação:
Quem cria aves e produz ovos no Amazonas, do pequeno ao grande criador, precisa ser reconhecido pelo consumidor e pelas autoridades. Em uma reunião no Ministério da Agricultura, o ministro confessou ao presidente da FAEA, Muni Lourenço, que não imaginava como os produtores do Amazonas conseguiam criar aves para postura sem ter milho e soja cultivados no estado. De fato, é um desafio enorme, e esses produtores são verdadeiros guerreiros que merecem nossos aplausos. No entanto, reconhecimento não basta. É essencial que nossas autoridades compreendam a importância da defesa sanitária e da produção local de alimentos. A crise de ovos nos Estados Unidos é um exemplo claro. O país, que é uma potência econômica e tecnológica, precisou recorrer à importação de ovos do Brasil devido a surtos de gripe aviária e desequilíbrios na produção. Isso prova que garantir autossuficiência alimentar não é apenas uma questão econômica, mas também de segurança nacional. Precisamos valorizar e fortalecer a produção de ovos no Amazonas, garantindo condições melhores para nossos criadores e protegendo nossa cadeia produtiva contra riscos futuros. Afinal, se até os Estados Unidos tiveram que buscar ovos no Brasil, por que não investimos na soberania alimentar da nossa própria região? Nossas autoridades tem que parar de ouvir quem joga contra o nosso desenvolvimento e incentivar a produção de soja e milho no sul do Amazonas em maior escala. Temos que aprender com Roraima, que já tem seu ZEE.
As travas impostas aos produtores do Amazonas, que poderiam estar exportando para os Estados Unidos, deixa a impressão de que só poucos no Amazonas podem ter renda e vida digna, aos demais só resta a pobreza.
THOMAZ RURAL

