Opinião/Informação:
Acabei de receber essa lista de empenhos da ADS acompanhada da seguinte mensagem: “…segue esse café da manhã amargo para os agricultores do Amazonas…”.
Recebo esse tipo de mensagem porque sabem da minha trajetória ao lado de Wilson Lima desde 2018. Naquele momento, emprestei meu CPF para defendê-lo, e ainda hoje destaco os pontos positivos do seu governo. No entanto, as pessoas que votaram nele por minha influência seguem me cobrando a tão prometida mudança no PREME, anunciada desde 2018.
Essas cobranças são totalmente legítimas. Basta olhar para os empenhos: quanto foi destinado para produtores individuais e empresas privadas, e quanto, de fato, chegou às associações e cooperativas que reúnem milhares de agricultores familiares?
Sabendo o motivo pelo qual o PREME foi criado, fica claro que há uma grande distorção. No meu entendimento, isso não só é imoral, mas ilegal por diversos motivos. Esse cenário vem desgastando – e muito – a imagem do governador Wilson Lima.
E como fica a esperança das centenas de produtores que saíram de casa acreditando que poderiam fornecer para a ADS? Basta comparar (como já fiz no passado) o número de inscritos com o número de contemplados para ver que algo está errado.
É triste, mas é a dura realidade. No final das contas, quem perde é o governador Wilson Lima. Sigo fazendo minha parte, apontando os erros que podem ser corrigidos para atender a todos, mas, nesse caso, está claro que NÃO QUEREM mudar.
Obs: Essa prática imoral e ilegal já existia antes do governo Wilson Lima. Por isso, em janeiro de 2019, quando ainda estava no governo, nos 100 dias, sugeri ajustes para que todos fossem atendidos, incluindo agroindústrias e empresas que compram produtos no AMAZONAS. Seis anos se passaram, e nada foi feito.
THOMAZ RURAL