Opinião/Informação:
É essa a ESCOLA DA FLORESTA dos ongueiros?
As fotos que vi mostram a realidade cruel dos alunos do Amazonas, enfrentando péssimas condições de transporte fluvial para ir à escola. Viagens longas, sem segurança, sem dignidade. É urgente garantir internet e celular para esse povo que sempre protegeu a floresta.
Aproveito a postagem do amigo Massami Miki para, mais uma vez, mandar um recado aos que usam a chamada “bioeconomia” apenas para captar recursos e enganar aqueles que verdadeiramente preservaram a Amazônia para o mundo. Enquanto isso, ongueiros e governos vendem ao mundo uma falsa imagem da “escola da floresta”, tentando passar a impressão de que tudo por aqui é assim ou apenas buscando mais dinheiro para continuar enrolando esse povo.
É inaceitável que o Amazonas tenha outras prioridades antes de resolver questões essenciais como ZEE, acesso à água, energia solar, internet, sementes, mudas e assistência técnica.
Facilitar o financiamento rural e garantir melhorias concretas não acontecerá com essa “bioeconomia do futuro” que vocês pregam. Como bem disse o Chefe Geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Everton Rebelo – e que os ongueiros ignoram –, a “bioeconomia” já existe desde que Cabral chegou aqui.
Parem de enrolar nossa gente! Essa “bioeconomia” que vocês defendem, junto com alguns intelectuais, nunca chega de fato, perpetuando a miséria e desviando o foco de ações realmente urgentes. Certamente, nenhum filho meu ou de vocês está nessa canoa precária. Falar de futuro, assim, fica fácil, não acham?
Que membros do Executivo, Legislativo, Judiciário e órgãos de controle – que, como eu, não têm filhos estudando nessas condições – lutem por esse povo. Eles são de carne e osso, como nós. Não vivem de privilégios, mas sim nas piores condições, mesmo já tendo a ciência da Embrapa e os 21 projetos prioritários do IDAM para melhorar sua realidade.
Vamos ser humanos. No fim das contas, ninguém leva nada para o outro lado da vida!
THOMAZ RURAL


