Opinião/Informação:
Certos temas me chamam a atenção porque sei o quanto o nosso AGRO, tanto familiar quanto empresarial, depende do legislativo. O acesso ao crédito rural, por exemplo, continua sendo um dos piores do Brasil. Sem acesso ao financiamento rural não teremos produção agropecuária. Temos 65,6% da população com fome, importando alimentos, dependendo de ranchos feito com produtos de outros estados, sem regularização fundiária efetiva e com um licenciamento ambiental extremamente deficiente. Enquanto isso, vejo a fila de políticos entrando no ramo esportivo aumentando. Qual seria a razão disso?
Pesquisei algumas diferenças entre clubes “associativos” e “SAFs” e percebo a profissionalização que este último modelo traz. No entanto, me soa estranho ver políticos assumindo clubes de futebol no Amazonas, um estado repleto de desafios do legislativo e urgentes: enormes demandas no legislativo, população empobrecida, altos índices de desemprego e falta de geração de renda, ausência de um Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), ONGs mandando no Amazonas desde 2003, e um interior muitas vezes dominado por atividades ilícitas, levando famílias para atividades ilegais enquanto temos diversos potenciais sustentáveis.
Diante desse cenário, ver políticos se envolvendo com “resgates” do futebol, algo que certamente exigirá ainda mais atenção e tempo, parece um desvio do verdadeiro papel para o qual foram eleitos. Qual seria a intenção por trás disso?
Modelo Associativo: Em clubes que não aderiram ao formato SAF, as receitas geralmente dependem de patrocínios, bilheteria e negociações de jogadores. Isso cria dificuldades para lidar com dívidas acumuladas, o que pode limitar o crescimento e a competitividade do clube.
SAFs: Com a entrada de capital privado, as SAFs conseguem sanar dívidas, atrair investimentos e modernizar a gestão do clube. Um exemplo disso é o Botafogo, que passou a ser gerido pela Eagle Holdings (de John Textor), o que possibilitou maior organização financeira e melhores contratações.
THOMAZ RURAL