Opinião/Informação:
Após assistir ao vídeo divulgado nas mídias sociais pelo Ministério dos Transportes, afirmando que a “pavimentação da BR-319 está a todo vapor”, o professor Marcos Maurício Costa compartilhou seu artigo de opinião publicado em 22 de julho de 2024. Concordando plenamente com sua análise, decidi compartilhar tanto o artigo do professor (com link do Instagram) quanto a postagem do Ministério dos Transportes.
Para mim, está cada vez mais evidente que não veremos a repavimentação completa da BR-319 no governo Lula 3. O que teremos serão apenas alguns trechos concluídos e o discurso político de que “agora vai” – um mantra que provavelmente será repetido após 2026. Pior é ver a parceria do Estado, da Suframa e do CIEAM com ONGs (FAS e IDESAM, entre outras do “observatório”) que travam a repavimentação da BR-319. O não recuperação dessa rodovia prejudica o escoamento da produção rural até Manaus, assim como a chegada de insumos para a atividade agropecuária.
Brincam com o povo do Amazonas!
THOMAZ RURAL
Opinião
Por Marcos Maurício Costa
Data: 22.7.2024
A pauta da infraestrutura rodoviária, no Amazonas, infelizmente, a partir de 1982, deixou de ser prioridade.
Após dirigir, recentemente, pelas rodovias federais BR-319, BR-364, BR-174 (no MT), BR-070, e pelas estaduais MT-060 e MT-251, o sentimento de indignação com os governos do Amazonas (anteriores e o atual) só aumentou.
No Mato Grosso, as rodovias MT-060 (segmento asfaltado, antes da EP Transpantaneira), MT-251, que levam ao Pantanal e à Chapada dos Guimarães, são exemplos de conservação e de respeito aos usuários.
Já as rodovias federais BR-174 e BR-070, na área geográfica do Mato Grosso, estão em condições excelentes de trafegabilidade.
O estado de Rondônia já discute a duplicação total da rodovia BR-364, a considerar o tráfego excessivo de caminhões.
Enquanto isso, o Amazonas sofre e implora para poder ter acesso até Porto Velho, pelo modal rodoviário, considerando as condições precárias da rodovia BR-319.
Ora, quando o referencial é a lama e os atoleiros, trafegar pela BR-319 enfrentando poeira e pedras (rachão) soltas pode até ser considerado um avanço.
Basta, porém, ir um pouco adiante, em outros estados, para perceber o atraso e a falta de compromisso de governos que passaram – e o atual – com a agenda da nossa infraestrutura rodoviária.
O Amazonas, ao que parece, é um estado que deixa suas rodovias ficar em condições deploráveis para depois tentar reconstrui-las. Basta comparar a nossa AM-352 (Estrada de Novo Airão) com a MT-060, por exemplo, ambas com foco no ecoturismo.
Em relação às rodovias federais, quando o assunto é a repavimentação da BR-319, estamos sempre “de pires na mão”, à espera de uma “migalha” para sairmos do isolamento rodoviário.
Mas como estamos em ano de eleições, o asfaltamento de 20 kms da BR-319 iniciará ainda este ano. E o que são 20 kms de asfalto em meio a pedras e poeiras dos 405 kms do trecho do meio e os outros 32 kms do Lote C? São migalhas para alimentar a esperança e o clamor por uma realidade distante e o discurso político que envolve a rodovia.
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