Opinião/Informação:
Nada contra visitar o Amazonas e experimentar iguarias exóticas, como formigas. Afinal, gosto não se discute. Contudo, é importante refletir sobre a imagem que estamos transmitindo ao Brasil e ao mundo. A comunicação sobre a riqueza cultural e gastronômica da nossa região não está sendo devidamente valorizada.
De fato, a logística para visitar o Amazonas é cara, agravada por ações de algumas ONGs ambientalistas que, em sua luta pela “preservação”, acabam travando projetos fundamentais como o asfaltamento da BR-319. Organizações como a FAS e o IDESAM, além de outras ligadas ao chamado “observatório”, têm dificultado avanços na infraestrutura que poderiam facilitar o turismo e impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.
Nesse contexto, é essencial destacar que o Amazonas possui muito mais a oferecer antes mesmo de se pensar em “comer formigas”. Nossa gastronomia é rica e diversa, com peixes como o pirarucu, o tambaqui e o jaraqui, que são verdadeiros patrimônios culturais. Esses produtos, além de deliciosos, carregam histórias e tradições que representam melhor a essência da nossa região.
Não se trata de generalizar ou desmerecer iniciativas gastronômicas exóticas, mas de refletir sobre a forma como apresentamos a riqueza do Amazonas. Afinal, somos um estado que preserva uma das maiores áreas verdes do planeta, mas que também precisa valorizar e divulgar seus aspectos culturais e sociais de forma equilibrada. Temos que aprender com o Rio de Janeiro em como vender nossa imagem.
Se eu pudesse receber no Amazonas, a levaria para saborear um pirarucu amazônico no restaurante Banzeiro. Tenho certeza de que essa experiência seria inesquecível, mostrando o melhor da nossa cultura gastronômica. As formigas, por sua vez, poderiam ser deixadas para as ONGs protegerem, dentro de seus “propósitos ambientais”.
Abaixo tem o link no instagram com a afirmativa em questão.
THOMAZ RURAL