Opinião/Informação:
O que antes custava R$ 11 milhões, agora já está em R$ 54 milhões. Esse é o custo do ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico) do Amazonas. Desde 2003, a área ambiental pública do estado, com pelo menos uma década sob influência da ONG FAS, não deu prioridade a essa pauta tão importante. Por quê? Só uma CPI na ALEAM pode responder.
Se ainda há dúvidas de que o ZEE é responsabilidade da área ambiental, basta acessar o link abaixo, do site do Ministério do Meio Ambiente. Aproveito para explicar novamente o que é o ZEE, algo que Roraima já implementou. Observem na definição as palavras-chave: “gestão territorial”, “desenvolvimento socioeconômico” e “conservação”.
Apesar de o Fundo Amazônia já ter movimentado mais de R$ 3 bilhões, nada foi destinado ao ZEE. E a ministra nunca cobrou. Não é estranho que um instrumento essencial para o meio ambiente seja ignorado até por ONGs bilionárias? Como podemos falar de bioeconomia sem o ZEE?
A Suframa também precisa reavaliar sua parceria com a ONG IDESAM, que movimenta milhões, em um estado que não tem ZEE — um instrumento que deveria tratar de “gestão territorial”, “desenvolvimento socioeconômico” e “conservação”.
Para ilustrar o descaso, compartilho aqui uma matéria e uma foto em que apareço no gabinete da SEMA, em 2019. Na época, o atual secretário já ocupava o cargo, e a pauta era o ZEE. Nada aconteceu. Também lembro que o Jório, ainda na SEDECTI, participou comigo de outra reunião na SEMA.
Acorda, Amazonas! Acorda, CIEAM! Acorda, SUFRAMA! Nosso povo não aguenta mais. Seguimos preservando o verde, mas sem emprego, sem renda, sem dignidade, isolados. Enquanto isso, vemos ONGs travando o ZEE, o empreendedorismo, a BR-319 e a vida das pessoas que aqui vivem.
Chega de projetos que não correspondem aos valores recebidos e só servem para divulgação aqui e no exterior. Os recursos precisam ser aplicados de forma justa, beneficiando quem sempre preservou o meio ambiente — mesmo sem nunca ter tido acesso aos empregos gerados pelo PIM/ZFM ao longo de 57 anos.
Em 2021, depois de enrolar três anos, a SEMA empurrou o ZEE para a SEDECTI. O Serafim e sua equipe tem feito de tudo, mas sem dinheiro não se faz nada. Sem ZEE é atirar no escuro, desperdiçar recurso.
Em outra postagem, vou comentar duas matérias que li. Uma no Estadão, outra no VALOR. Acorda Amazonas! A miséria já chega a 65.6% no Estado.
THOMAZ RURAL
https://antigo.mma.gov.br/gestao-territorial/zoneamento-territorial.html