Opinião/Informação:
Passados exatamente 1 ano e 3 meses, seguimos sem respostas concretas sobre os nomes dos engenheiros agrônomos, florestais e de pesca que teriam recebido os milhões pagos pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) para fazer “assistência técnica” (está o vídeo abaixo). Apesar da importância e do montante envolvido – mais de R$ 50 milhões –, a FAS mantém silêncio. Apesar do tempo transcorrido, ainda acredito que o senador Plínio Valério, que presidiu a CPI, trará esses esclarecimentos ao público. Deputados estaduais e federais também não investigaram ou buscaram apurar a destinação desses recursos.
Esse silêncio generalizado levanta suspeitas: por que nenhuma das partes envolvidas explica como esses milhões em “assistência técnica foram aplicados? Por que os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas, o Ministério Público não solicitam do BNDES a prestação de contas que foi enviada pela FAS. Já que é “rigorosa” deve ter o nome de todos os profissionais, valores e onde foi aplicado. Contudo, já tem 1 ano e 3 meses de silêncio total. Muitas promessas foram feitas na CPI das ONGs, então, devem ser cobradas essas pendências para não perder a credibilidade.
Vale lembrar que, durante o depoimento do comandante da FAS, foi utilizado o termo “etc” várias vezes ao explicar a destinação dos recursos – um termo que em nada esclarece e apenas reforça a falta de transparência no processo. Esse “etc” não pode ser aceito como justificativa ou prestação de contas sobre valores tão significativos.
A sociedade tem o direito de saber onde e como esses recursos foram empregados. Transparência é uma exigência fundamental em qualquer democracia, e uma prestação de contas detalhada é o mínimo que se espera quando falamos de milhões de reais destinados a um estado tão estratégico quanto o Amazonas.
THOMAZ RURAL