Opinião/Informação:
Validação do ZARC no Amazonas: Um Marco para a Agricultura da Região
Hoje, recebi com grande satisfação o convite da EMBRAPA para a validação do ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) da cultura do abacaxi, que agora inclui a região Norte e, finalmente, o estado do Amazonas. Essa conquista, entretanto, não seria possível sem o apoio fundamental de pessoas e instituições comprometidas com o desenvolvimento da nossa região. Quero destacar especialmente a contribuição do Petrucio, Wilson Lima, Muni, Guilherme, e Celso/Everton da EMBRAPA, cujas ações e representatividade foram essenciais para que o Amazonas não ficasse à margem dessa ferramenta estratégica desde 2019. O ZARC é uma ferramenta desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em parceria com a EMBRAPA e outras instituições. Ele identifica, com base em critérios técnicos e dados climáticos, as melhores épocas para o plantio das culturas agrícolas em diferentes regiões, minimizando os riscos de perdas por condições climáticas adversas. É uma referência essencial para os produtores rurais, pois também subsidia o acesso ao crédito rural e a contratação do seguro agrícola. Infelizmente, é lamentável constatar que a área ambiental pública do Amazonas, ao contrário dos estados vizinhos, tem agido para dificultar o acesso ao crédito rural na região, mesmo para linhas de crédito voltadas à agroecologia. A ausência de políticas públicas efetivas, como a conclusão do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), agrava ainda mais a exclusão dos nossos agricultores, contribuindo para o avanço da miséria no estado. Não entendo o motivo dos governadores, desde 2003 até hoje, não terem coragem de tirar do comando da área ambiental pública do Amazonas gestores ligado à FAS. Não viabilizaram um centavo ao povo do Amazonas por conservar a floresta em pé e travam tudo que é ação para o desenvolvimento em parceria com ONGs ambientalista. Não é a toa que já estamos batendo na porta de 70% com fome. Fazer o mesmo, com os mesmo, dá nisso. O ZEE, assim como o ZARC, é uma ferramenta vital para o ordenamento territorial sustentável e a definição de áreas aptas para o uso agrícola com responsabilidade ambiental. Sem ele, o desenvolvimento rural sustentável no Amazonas permanece limitado, privando milhares de famílias da oportunidade de melhorar sua qualidade de vida por meio do acesso a crédito e a tecnologias produtivas adequadas. Que esse convite para a validação do ZARC da cultura do abacaxi seja um sinal de avanço e de que, com esforços conjuntos e comprometimento, o Amazonas pode superar esses desafios e assegurar o desenvolvimento sustentável para sua população.O ZARC e ZEE sempre foram bandeiras por mim defendidas. Lembro que a FETAGRI foi parceira, a OCB foi parceira e todo Sistema SEPROR.
THOMAZ RURAL