Opinião/Informação:
Quem acompanha o que penso e escrevo neste PORTAL e nos ARTIGOS do Jornal do Commercio sabe que defendo seis prioridades máximas aos 62 municípios do Amazonas: Poço artesiano em todas as comunidades, energia solar, internet, sementes, MUDAS e assistência técnica (virtual e presencial). Como dinheiro das viagens para COPs comprar celular para cada caboclo que está no interior. Já chega de pagar passagens e diárias para TURISTAR e a FOME só AUMENTAR.
Em Manaus, pesquisadores têm utilizado a tecnologia para garantir mudas de espécies nativas da Amazônia de alta qualidade e uniformes para os setores agroflorestal, medicinal e ornamental. A iniciativa apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), faz parte do projeto “Biotecnologia 4.0: Biofábrica de Plantas in vitro”, e visa produzir mudas com uma velocidade maior do que os métodos convencionais, para espécies de valor econômico como pau-rosa, copaíba, sucuuba e jucá. Coordenado pelo doutor em Biotecnologia e Biodiversidade, Daniel da Silva, da empresa “Magnus Amazônia”, a ação amparada pelo Programa Centelha Amazonas 2, utiliza uma técnica identificada como micropropagação, que consiste numa clonagem de plantas em escala industrial. A tecnologia de micropropagação pode produzir milhares de mudas geneticamente idênticas e livres de doenças em um tempo menor que os métodos tradicionais. “A micropropagação é uma técnica de multiplicação de plantas em escala industrial em ambiente controlado. Pequenos fragmentos de uma planta mãe são cultivados em condições assépticas e em meio de cultura enriquecido com nutrientes e hormônios, o que estimula a formação de novas plantas”, disse Daniel, que também é pós-doutor em Ciências de Florestas Tropicais (área de concentração: Silvicultura Tropical) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O pesquisador explica que a produção de mudas de alta qualidade, por meio da biotecnologia, contribui para a recuperação de áreas degradadas, a conservação da biodiversidade e a geração de renda para as comunidades locais. Além disso, a utilização de espécies nativas fortalece a economia regional e promove o desenvolvimento de produtos com alto valor agregado.
Benefícios
Entre os benefícios destacam-se a uniformidade, ou seja, todas as mudas produzidas por micropropagação são geneticamente idênticas à planta mãe, o que garante um crescimento uniforme e características homogêneas. As mudas também são livres de doenças e pragas, aumentando significativamente suas chances de sobrevivência após o plantio. Por ser um processo mais rápido também permite a produção de um grande número de mudas em um curto período de tempo, dessa forma agiliza os processos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. A técnica contribui ainda para a multiplicação de espécies ameaçadas de extinção, favorece a conservação da biodiversidade.
Parceria
A empresa Magnus Amazônia mantém parceria com instituições de ensino, como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Inpa, por meio da integração de alunos de pós-graduação dos cursos de biotecnologia e ciências florestais, respectivamente, em seus projetos de pesquisa, o que fortalece a capacidade de inovação e a aplicação de novas tecnologias no setor de bioeconomia.
Programa Centelha
O Programa Centelha é uma parceria entre a Fapeam e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com objetivo de estimular o empreendedorismo inovador, por meio de capacitações para o desenvolvimento de produtos (bens e/ou serviços) ou de processos inovadores e, apoiar por meio da concessão de recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) e Bolsas de Fomento Tecnológico Extensão Inovadora, a geração de empresas de base tecnológicas, a partir da transformação de ideias inovadoras em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos estratégicos do estado do Amazonas.