Opinião/Informação:
A decisão do Ministério Público de Contas (MPC) de investigar a ligação entre a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é acertada e necessária. Além do que está descrito na representação, é relevante destacar que o atual titular da SEMA possui histórico na FAS, o que reforça a necessidade de apuração. Como comparação, na Conab, nem mesmo parentes de funcionários podem adquirir produtos do programa Vendas em Balcão, como sacos de milho que custam cerca de R$ 70. Já no caso do MPC/SEMA/FAS/IDAM, estamos tratando de recursos da ordem de dezenas de milhões de reais. Outro ponto importante é que o IDAM (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas) já prestou as informações solicitadas e demonstrou que possui estrutura, conhecimento técnico e capilaridade para gerenciar programas dessa natureza. Inclusive, o próprio banco alemão envolvido parece ter reconhecido essa capacidade. É, portanto, inaceitável que o IDAM seja deixado à margem desses recursos. Vale também lembrar que a FAS ampliou sua atuação, mudando de “Fundação Amazonas Sustentável” para “Fundação Amazônia Sustentável”, e já opera em outros estados, como o Pará – informação que pode ser confirmada em uma rápida busca online. Será que tinha mais estrutura e capilaridade que o IDAM? Lógico que não! Diante disso, é essencial que a destinação de recursos e parcerias seja avaliada com total transparência, garantindo que sejam empregados da forma mais eficiente e justa possível. Este espaço continua sempre aberto a receber qualquer manifestação que seja do interesse do povo do Amazonas e Brasil. Sobre este, ou qualquer outro assunto.
THOMAZ RURAL