Opinião/Informação:
Muitos especialistas em clima, ambiente e ONGs ambientalistas têm comemorado as recentes decisões do MPF-AM. No entanto, por alegada falta de “consulta” às comunidades indígenas e tradicionais, essas decisões têm travado importantes projetos, incluindo a chegada de alimentos essenciais para milhões de amazonenses que enfrentam a fome – hoje alarmantemente presente em 65,6% da população.
Nas últimas semanas, o MPF-AM tomou três decisões impactantes nesse sentido. Se, de fato, há falhas relacionadas à consulta prévia às comunidades, isso revela uma grave incompetência por parte da gestão ambiental pública do Amazonas, historicamente influenciada por ONGs, como a FAS, que atuaram e atuam na SEMA por mais de uma década. A negligência nesse processo mostra o quão desconectados estão alguns gestores de políticas públicas das reais necessidades da população.
O silêncio histórico dos poderes Executivo e Legislativo estadual, desde 2003, também é um fator preocupante. Todos os governadores anteriores e a atual gestão têm demonstrado pouca ação com quem trava o estado. Felizmente, contamos com a atuação firme de figuras como o senador Plínio Valério, que tem levantado a discussão sobre a urgência de mudanças concretas.
A miséria no Amazonas tem crescido de forma alarmante. Em 2018, quando a atual gestão assumiu, já tínhamos 50% da população vivendo em situação de pobreza. Hoje, esse número atingiu 65,6%. Não podemos ignorar esse dado. É hora de acordar, Amazonas! As decisões que travam o desenvolvimento sustentável e o combate à fome precisam ser revistas com urgência.
Eu sigo fazendo a minha parte, mas é preciso que todos os setores – público, privado e sociedade civil – se unam para transformar essa realidade.
THOMAZ RURAL