Opinião/Informação:
Diante dessa decisão do MPF-AM, o que têm a dizer os ex-governadores e hoje senadores Eduardo Braga e Omar Aziz que recentemente receberam o sinal verde para asfaltar a BR-319? Ambos, enquanto governadores, presenciaram e apoiaram o surgimento de ONGs ambientalistas, como a FAS. Hoje, junto ao IDESAM, essas instituições parecem trabalhar incansavelmente para barrar as licenças ambientais que viabilizariam o asfaltamento da BR-319.
Vale lembrar que a área ambiental pública do Amazonas, que sequer consultou as comunidades indígenas e tradicionais afetadas, passou mais de uma década sob a gestão de representantes ligados à Fundação Amazonas Sustentável (FAS).
Não seria hora de a Assembleia Legislativa do Amazonas abrir uma CPI para investigar por que, em duas décadas, nunca foi realizada a consulta obrigatória aos povos indígenas e comunidades tradicionais sobre a BR-319? O mesmo se aplica à questão do potássio.
Será que essa omissão na consulta — ignorada por alguns especialistas em clima e meio ambiente — não foi uma estratégia deliberada para atrasar, indefinidamente, o asfaltamento da BR-319, além do avanço no uso do potássio, gás e petróleo? Estariam interesses internacionais influenciando essas decisões em prejuízo do desenvolvimento regional?
Por fim, é sempre bom relembrar que o atual governo Wilson Lima vem mantendo parceria entre a FAS/SEMA, e a OND IDESAM, em parceria com a SUFRAMA, vem mandando no PPBio. Enquanto isso, nem consulta fizeram, nem ZEE temos. Acorda Amazonas!
Em 2018, quando Wilson assumiu o governo, o Amazonas já contava com o inaceitável número de 50% na pobreza. Hoje, esse número já chega a 65.6%. É evidente que algo precisas ser feito, URGENTEMENTE!
THOMAZ RURAL