Entenda o protecionismo disfarçado da França que proibiu de comprar a carne brasileira.

Opinião/Informação:

A questão envolvendo o Carrefour e a França, que decidiu interromper a compra de carne do Brasil em suas operações no território francês, ilustra as tensões entre sustentabilidade, protecionismo comercial e competitividade. Apesar de justificada pelo Carrefour como “solidariedade ao mundo agrícola francês”, a medida foi amplamente vista como uma resposta às pressões de produtores locais contrários ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Essa decisão destaca as críticas internacionais ao agronegócio brasileiro, frequentemente apoiadas por ONGs e especialistas em clima que questionam práticas ambientais no setor. No entanto, o governo brasileiro argumenta que tais críticas mascaram intenções protecionistas, especialmente de países como a França, que busca proteger seus agricultores de competidores mais eficientes. O aparente paradoxo de o Carrefour na França barrar carne brasileira, enquanto a rede no Brasil segue operando sem restrições, reforça a visão de que essa ação visa interesses internos franceses, com apoio do presidente Emmanuel Macron que é muito bem tratado quando visita o Brasil. A França teme perder espaço e enfrentam crescente insatisfação social. O governo brasileiro reagiu reiterando a qualidade e sustentabilidade da sua produção agropecuária, argumentando que cumpre as normas ambientais e sanitárias mais exigentes, inclusive da União Europeia. A medida, no entanto, ameaça complicar ainda mais as já desafiadoras negociações do acordo entre os blocos comerciais. Os frigoríficos brasileiros, corretamente, decidiram suspender o fornecimento ao CARREFOUR do Brasil. A França frequentemente utiliza ONGs e questões ambientais como ferramentas para restringir a competitividade de produtos agropecuários brasileiros no mercado europeu. Embora tais argumentos sejam apresentados sob o pretexto de preocupações legítimas com o meio ambiente, análises indicam que o objetivo real muitas vezes é proteger os interesses de seus próprios produtores rurais e atender às demandas de consumidores locais preocupados com o impacto da globalização na economia doméstica. Essa postura reflete um histórico de políticas protecionistas que visam sustentar a produção agrícola francesa, um setor fortemente subsidiado pela União Europeia. Ao impor barreiras comerciais, a França busca minimizar a entrada de produtos estrangeiros mais competitivos, como a carne e a soja brasileira, que são produzidos a custos mais baixos devido a condições climáticas e técnicas de escala industrial que não podem ser replicadas em muitos países europeus​. Além disso, a pressão de ONGs ambientais, algumas com financiamentos vinculados a interesses europeus, contribui para reforçar a imagem de que produtos brasileiros estão associados ao desmatamento ou a práticas ambientais insustentáveis. No entanto, o governo brasileiro e especialistas apontam que, embora existam desafios na questão ambiental, muitos desses argumentos carecem de evidências técnicas e ignoram as regulamentações e avanços feitos pelo Brasil no monitoramento e na rastreabilidade da produção agrícola.

O PIOR DE TUDO É QUE TEM AVAL DE ATORES LOCAIS A FAVOR DA FRANÇA. TRISTE!

THOMAZ RURAL

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