Opinião/Informação:
Se esses preços realmente chegassem ao bolso do produtor rural, seria ótimo, especialmente para aqueles que carregam seus produtos por longos trajetos, muitas vezes dentro d’água, e que sofrem ainda mais durante a estiagem, agravada pelo aquecimento global causado por países como Estados Unidos, China, Índia e Europa (o que os representantes das ONGs em Baku evitam mencionar por causa do interesse em captar recursos).
Essa tabela é do PREME/ADS, não tem relação com os programas PAA da Conab, do Estado ou dos municípios. O problema maior está nos preços de carnes, polpas e pescado. Nesses três itens são milhões e milhões. Esse é o “nó” que precisa ser desatado — e há como resolver, priorizando os produtores do Amazonas em parceria com empresas privadas, mas jamais permitindo que empresas privadas forneçam diretamente sem licitação. Quem entende o sistema sabe que estou certo; quem é contra, provavelmente está se beneficiando dessa injustiça com o produtor rural.
Curiosamente, defender a legalidade e o produtor rural ainda nos rende ameaças. Isso já está sendo monitorado e acompanhado de perto. É importante lembrar que, apesar dos alertas que venho fazendo ao longos dos anos sobre o PREME, e mesmo após duas Audiências Públicas realizadas pela OCB e FRENCOOP na Assembleia Legislativa — ambas com a participação do deputado Adjuto Afonso —, nada avançou. Eu estive presente nas duas audiências. Após a primeira, o diretor técnico da ADS saiu, nem deveria, pois havia participado e se comprometido na primeira audiência (representou o órgão), mas os pedidos feitos pelas cooperativas e produtores nunca foram atendidos.
No início do ano, já critiquei o PREME 2023; o PREME 2024 foi ainda pior e, se continuar assim, nada mudará em 2025. O problema nunca foi falta de dinheiro!
THOMAZ RURAL
THOMAZ RURAL