Se Wilson ler esta entrevista sobre o ZEE de Roraima, haverá exoneração na SEMA

Opinião/Informação:

Após ler esta entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio com o Dr. Francisco Pinto, gestor do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de Roraima, minha indignação com os responsáveis pela área ambiental do Amazonas — em especial na Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) — só aumentou. O Dr. Francisco, que é natural de Carauari, no Amazonas, aceitou o convite para liderar o ZEE de Roraima e, com visão estratégica, levou consigo acadêmicos renomados da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como os doutores Sérgio Gonçalves e Alexandre Rivas. Essa colaboração demonstrou o potencial de parcerias entre especialistas locais para fortalecer a gestão ambiental de um estado vizinho e o impacto positivo que uma equipe bem-preparada pode ter na implementação de políticas ambientais complexas. O Zoneamento Ecológico-Econômico é uma ferramenta essencial para planejar o uso sustentável do território, prevenindo conflitos ambientais e promovendo o desenvolvimento com base nas vocações naturais e socioeconômicas de cada região. O ZEE não é apenas um mapa ou documento burocrático; ele orienta políticas públicas, investimentos e a preservação dos recursos naturais para beneficiar a sociedade como um todo. Por isso, é preocupante ver a falta de ação no Amazonas, onde a implementação do ZEE está estagnada, indo contra as orientações do próprio governador Wilson Lima. É incompreensível que, mesmo com uma determinação pública do governador para avançar no ZEE, os gestores da SEMA continuem a ignorar essa prioridade. A ausência de um ZEE eficaz significa desperdício de recursos e oportunidades, além de gerar desgaste político desnecessário. O Amazonas, com sua biodiversidade e importância ambiental, não pode se dar ao luxo de perder tempo e dinheiro por falta de liderança comprometida. Leia a matéria e reflita sobre a relevância dessa ferramenta para o desenvolvimento sustentável do estado. Já passou da hora do governador exonerar a equipe que está na SEMA. Qual a razão de ex-governadores e o atual governador Wilson Lima não ter coragem de mexer com colaboradores da FAS que estão no governo? Sei que em 2018, eu estava lá, Wilson nem conhecia o atual titular da SEMA quando recebeu a indicação. Em seis anos, não temos o ZEE, caboclo não ganhou um centavo de REDD+ e crédito de carbono, nenhum centavo de concessão florestal e quem procura para obter licença ambiental perdi a paciência, desiste, de tanto esperar. Sessenta mil CAR sem análise o que impede o acesso ao crédito. Precisa de mais? Onde está a competência para ficar todo esse tempo? Será que é pela captação de recursos internacionais na parceria público/privada que não muda as necessidades que acabei de citar?

THOMAZ RURAL

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