Opinião/Informação:
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) tem desempenhado um papel essencial no apoio ao desenvolvimento agropecuário e ao atendimento das comunidades rurais do Amazonas. O IDAM, por sua atuação abrangente e comprometida, é, por mim, frequentemente chamado carinhosamente de “Posto Ipiranga” do setor, pela sua capacidade de atender amplamente as demandas locais com grande eficiência. Seus colaboradores se dedicam com esforço e compromisso, frequentemente indo além de suas atribuições para garantir o suporte necessário às atividades agropecuárias da região.
Hoje, por exemplo, testemunhei vídeo no instagram do ex-presidente do IDAM, Herval, esclarecendo sobre os desafios de realizar uma visita técnica no Amazonas. A situação é complexa e ilustra bem as dificuldades enfrentadas pela instituição, especialmente em um contexto de restrições orçamentárias. Muitas pessoas me perguntam por que insisto na questão da destinação de bilhões de reais para ONGs ambientalistas. A resposta é clara! Assistam ao vídeo de Herval e avaliem as condições necessárias para realizar uma visita técnica no gigante Amazonas, ainda mais com o orçamento do IDAM restrito, enquanto o governo estadual deu sinal verde para R$ 78 milhões seguirem para a cofre da ONG Fundação Amazonas Sustentável (FAS) — verba que deveria ter sido destinada ao IDAM.
É de conhecimento público a parceria entre a FAS e a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA) utilizando esses recursos. Vale mencionar que a SEMA conta hoje com um colaborador que veio da FAS, o que, se não é ilegal, certamente levanta questões éticas. Como ex-gestor, acredito que tal relação compromete a transparência do governo estadual, desgasta o governador. O relatório da CPI das ONGs já apontou essa proximidade, levantando preocupações quanto a gestão desses recursos.
Não tenho nada pessoal contra o Vanderlei Alvino, atual presidente do IDAM, mas defendo que a presidência do IDAM seja ocupada por alguém profundamente ligado ao setor agropecuário e com experiência dentro da instituição. A nomeação de pessoas de fora do setor já trouxe problemas no passado. Todos lembram do que aconteceu antes do Daniel assumir o IDAM, que resultaram em um retrocesso para o IDAM e, consequentemente, para o desenvolvimento econômico do interior do Amazonas.
O IDAM é um órgão crucial para o desenvolvimento econômico das áreas rurais do estado, mas enfrenta grandes desafios. Enquanto assistimos a recursos internacionais serem destinados para ONGs com altos salários para diretores, os colaboradores do IDAM trabalham com remuneração incompatível com a importância de suas funções. É preciso valorizar esses profissionais que impulsionam o desenvolvimento local e buscar uma alocação mais justa e eficiente dos recursos públicos. Espero que, em breve, essa realidade mude em prol de um Amazonas mais justo e próspero.
THOMAZ RURAL