Opinião/Informação:
Para que o setor primário no Amazonas atinja seu potencial máximo e beneficie realmente a população, é essencial que a gestão de todos os órgãos ligados ao AGRO sejam lideradas por profissionais com conhecimento técnico específico. Somente técnicos com formação e experiência na área possuem o entendimento necessário que envolvem a atividade rural. No entanto, enquanto a política for guiada exclusivamente por interesses eleitorais e direcionamentos externos, como o volume elevado de recursos destinados a ONGs – cuja efetividade e direcionamento muitas vezes são questionáveis –, a população mais vulnerável continuará a arcar com os prejuízos. A situação recente observada no estado do Amapá deve servir como alerta para o Amazonas, onde a introdução de políticas mal planejadas e conduzidas por gestores sem experiência no setor primário pode desencadear um desastre social e econômico para os produtores rurais e as comunidades locais. O exemplo do Amazonas é particularmente crítico, já que grande parte da população rural depende diretamente das atividades agropecuárias para subsistência e renda, sendo a cultura da mandioca que representa não apenas alimentação e comércio, mas a identidade e o modo de vida do caboclo amazônico. Diante dessa urgência, instituições-chave como a Superintendência Federal de Agricultura do Amazonas (SFA-AM), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) precisam unir forças de forma estratégica e imediata. Essa coalizão seria fundamental para combater ameaças e garantir políticas que protejam o produtor rural. Enquanto isso, observa-se um cenário em que movimentos e organizações com discursos ambientalistas recebem financiamentos vultuosos para ações e eventos que muitas vezes não resultam em benefícios concretos para a população rural. Termos como bioeconomia, ecoansiedade, e créditos de carbono são mencionados em seminários e conferências, mas o impacto prático dessas discussões é questionável. Sem ações efetivas e conhecimento técnico específico, tais iniciativas acabam por se distanciar das necessidades reais da população amazônica, que continua vulnerável aos interesses externos e aos impactos negativos de políticas ineficazes. Em resumo, a administração do setor primário precisa priorizar a competência técnica e o conhecimento de quem está no “ramo”. Somente com a colaboração entre instituições locais e uma gestão informada e técnica será possível proteger a cultura e a economia rural do Amazonas, assegurando o desenvolvimento sustentável da região.
Abaixo, link da reunião do dia 12/11
THOMAZ RURAL