Opinião/Informação:
Observem as palavras dos representantes da ONG FAS, uma entidade que já recebeu mais de 500 milhões de reais desde sua fundação. No entanto, até hoje não sabemos os nomes dos profissionais, como engenheiros agrônomos, de pesca e florestal, que receberam milhões para realizar “assistência técnica” com recursos do Fundo Amazônia. Achei que nesta “virada sustentável” seriam apresentados os CPFs desses profissionais, mas até agora, nada.
Em vez disso, surgem termos novos como “ecoansiedade”, “ansiedade climática” e “cidade-esponja”, mas nenhuma ação concreta que realmente atenda ao caboclo que sofre com fome, sede e doença. Fala-se, novamente, sobre a necessidade de “projetos e políticas públicas”, ignorando as que já existem e que, infelizmente, não chegam a quem realmente precisa. E, como sempre, mencionam “cooperação” com outros países e governos, e o “futuro” permeia todos os discursos.
Curiosamente, falaram sobre uma “indústria de desinformação” financiada pelo setor de petróleo e gás, mas omitiram o fato de que a Noruega – grande financiadora do Fundo Amazônia e exploradora de petróleo em águas profundas – é parte dessa história. Na essência, tudo parece focado em captar cada vez mais recursos. Não tenho nada contra isso! Mas, ao longo de décadas, esses recursos nunca beneficiaram diretamente as famílias que realmente preservam a floresta. Essas famílias ainda estão sem ZEE, isoladas, sem estradas, sem acesso à água, comida, internet, energia, sementes, mudas ou assistência técnica.
A ALEAM e todos os Conselhos do Amazonas precisam participar das decisões sobre o destino dos recursos que chegam ao estado. Repetir os mesmos modelos e beneficiar os mesmos grupos levará, em breve, a 70% da população do Amazonas vivendo na miséria.
Recebi recentemente uma mensagem de um amigo amazonense que já foi parlamentar e ocupou diversos cargos públicos no estado. Ele me disse: “Thomaz, vejo milhares de amazonenses vivendo em condições semelhantes às de países africanos, devido às restrições impostas por ONGs ambientalistas e pelos observatórios…” E infelizmente, ele tem razão: já estamos com 65,6% da população na pobreza.
Quem tiver interesse e quiser comprovar o que descrevo aqui, clique no link abaixo e veja o vídeo no YouTube. Mas antes, confira as palavras do comandante da FAS na recente CPI do Senado sobre os milhões gastos em “assistência técnica”.
THOMAZ RURAL