Opinião/Informação:
Isso aconteceu 12 anos atrás, no Hotel Windsor, Rio de Janeiro. Ainda estava na CONAB, fui apresentar nossa REALIDADE a doutores de universidades da ALEMANHA. Ficaram impressionados com a imagem da despesca no manejo do PIRARUCU, espantados com mulheres e crianças na atividade, uma vez que as crianças deveriam estar em sala de aula. Até aí concordo! Mas o que foi feito de lá pra cá? Mudou alguma coisa? Onde? Os manejadores estão bem remunerados? A PGPMBio está chegando a TODOS? O transporte do lago até o frigorifico foi resolvido? No transporte, lembro o meu amigo alemão Stefan Keppler, que participa do CADAAM, sempre levantando a idéia de usar balões no transporte. Bem, acho que poderia ser testado, quem sabe em algumas comunidades possa ser um meio de transporte que evite o caboclo de longas caminhadas com peso enorme nas costas. Entretanto, pergunto ao amigo Stefan Keppler: Qual a razão da sua Alemanha, que já botou muitos milhões no Brasil e na Amazônia, não procurar saber o que foi feito com esse dinheiro. Quando não vejo esse interesse da Alemanha em procurar saber o que foi feito com essa grana, tenho a impressão de que não está muito preocupada com o povo que mostrei na imagem. Fica na minha cabeça de que é só um FAZ de conta para NÃO FAZER NADA MESMO POR AQUI. Repito, tem 12 anos que fiz essa apresentação, NADA MUDOU, só piorou, já estamos com 65.6% na miséria e esses manejadores recebendo abaixo do custo de produção. O que mais fico indignado, é que vejo na mídia uns projetinhos de miséria para tentar passar que tá tudo bem, que tudo foi aplicado corretamente, e a cadeia produtiva dos manejadores está de vento em popa. Quem poderia falar, as “lideranças”, se calam, porque devem estar tendo algum benefício. Enfim, zero ação, ficou só no ESPANTO dos presentes. Acorda Amazonas!
Essa é a nossa triste realidade, a tal BIOECONOMIA! Sigo fazendo minha parte!
THOMAZ RURAL