Opinião/Informação:

Comentários sobre esses dois vídeos da primeira dama em Nova York, evento da ONU:

• Na plateia, observem que a maioria nem liga para o que está sendo apresentado. Grande parte só de olho no celular, ignorando o que está sendo dito e mostrado que envolve nossa região;

• É visível no discurso da Janja a ideia de captar mais e mais e mais e mais recursos financeiros para o Fundo Amazônia que vai para ONGs e abastece muita militância partidária. Tanto é verdade a captação que ela fala em “cooperação de países e empresas privadas“. Esse o motivo do silêncio de alguns ambientalistas que sonhavam em ter o FA de volta, e que ignoram os bilhões confessos e desviados de recursos público que poderiam minimizar o atua sofrimento do nosso ribeirinho, indígena, extrativista e por aí vai. Mas tem exceções…

• É visível o cuidado, o medo da Janja em apontar o dedo para os verdadeiros poluidores do planeta. Em nenhum momento ela fala a origem do aquecimento global de responsabilidade dos Estados Unidos (onde ela estava), China, Índia e toda a EUROPA. Fala de forma genérica, assim ninguém vira a página. Vamos continuar sofrendo, e vida boa para a população que vive nos países que poluem e esquentam o planeta, os verdadeiros culpados pela mudança climática;

• Quando a JANJA fala na COP-30, em Belém, deveria dizer que já temos três décadas de COP e nada evoluiu. Só papo e turismo. A mudança na matriz energética desses países tem que começar ONTEM, não somente após a COP-30;

• A Janja copia a ministra Marina quando fala em “terrorismo climático“. Criando mais uma “narrativa” para embolar o meio de campo. Tem que ser direta, falar o que já nos disse o delegado da PF, ex-superintendente no Amazonas, Alexandre Saraiva, ao afirmar que os ilegais (todos) na região é coisa de ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA infiltrada em todos os poderes, não é produtor rural. Aí é com o governo, usar satélites, prender e enjaular esse povo que faz isso. Será que alguém (normal) consegue pensar/imaginar que um caboclo pode arrastar uma TORA de madeira nas costas?

• Quando a Janja fala em projeto do FA de “reflorestamento” no sul da nossa região, ela coloca uma dose de veneno no AGRONEGÓCIO brasileiro que produz alimento com avanço tecnológico, emprega, exporta e avança em produtividade com tecnologias da EMBRAPA. Quem desmata é organização criminosa, isso sim tem que ser combatido 24h e presos;

• A Janda deveria ter dito que os nossos caboclos, que preservaram a floresta ao mundo, só conseguem emprego nas atividades ilegais (madeira, garimpo etc), porque as legais estão quase todas travadas;

• Em uma das apresentações é citado o nome do IDESAM com link ao café de APUÍ que envolve 100 famílias. Falam de renda, mas não dizem quanto os produtores recebem. Aliás, esse exemplo que envolve o IDESAM e o Café de Apuí já é usado há bastante tempo. Será que foi só isso que fizeram com os milhões do Fundo Amazônia? Um tempo atrás, em reunião do CADAAM, o tal café de Apuí com apoio do IDESAM estava com problema de mercado. Esse exemplo do café é tão antigo que eu, ainda na Conab, estive na sede do IDESAM tentando fazer um PAA/formação de estoque. Nem foi feito, um dia digo o motivo;

• No vídeo com exemplos mostrados em Nova York, a maioria fala que estão gerando renda, mas nenhum diz o valor e o público envolvido. Se fizermos as contas, veremos o caos social e econômico para quem defendeu e defende o verde ao planeta;

• Esse discurso não poderia, até pelo conteúdo, pela seriedade do tema, e por estar nosso povo sem água e sem comida, não poderia acabar em sorrisos, tinha que ser duro e dizer a esses países que a irresponsabilidade deles com o meio ambiente chegou na Amazônia e, que, se eles não mudarem a matriz energética, o caos chega por lá também. Até já está chegando!

• Se fosse eu apresentando, teria parado e dito que só continuaria se os celulares da plateia fossem desligados. Afinal, somos ou não a solução do planeta?

THOMAZ RURAL