Opinião/Informação:

O juticultor fez esse vídeo apelando para que a subvenção estadual saia dos atuais R$ 0,60kg para R$ 1,00kg. Eu concordo totalmente, as imagens dizem tudo. Penso que os defensores da tal “bioeconomia” não são contra, mas do ar condicionado nem tenham ideia desse sacrifício do produtor rural amazonense. Eu já vi de perto! É o produto com maior renda anual e mais tempo de “prateleira”, de estocagem, não é perecível como a melancia, abóbora, entre outras. Ele tá correndo para colher diante da seca acelerada causada pelos países poluidores do planeta como os Estados Unidos e Europa. Não vejo um centavo do Fundo Amazônia para essa cadeia produtiva de um produto biodegradável. Por falar em fibras, aproveito para listar alguns assuntos pendentes:

• Antes de listar, lembro que em 2018, eu estava na transição, os juticultores estavam com 4 ou 5 anos de subvenção atrasada por parte do governo estadual. O governador Wilson Lima ouviu o apelo da entidades FAEA, OCB e FETAGRI e atualizou o pagamento;
• Além disse, aumentou o valor da subvenção e começou a pagar na mesma safra;
• Ano passado, houve irregularidades constatadas em notas fiscais e deve está sendo apurado. Quando não se faz fiscalização no campo é isso que acontece, só não pode é prejudicar quem verdadeiramente produz;
• Até hoje nenhum deputado estadual nem o executivo propôs a mudança na legislação para a retirada do percentual que a ADS cobra ao pagar a subvenção. Qualquer centavo faz falta a esses produtores, o que certamente não fará para a ADS;
• Até hoje a máquina descorticadora não saiu do papel, das pesquisas, dos testes, e assim o produtor continua trabalhando na água;
• Até hoje a CONAB não comprou sacaria biodegradável para usar no estoque público do Vendas em Balcão, continua comprando sacaria de plástico poluente. Em síntese, é o governo federal com o discurso de sustentabilidade da Marina, mas comprando plástico poluente que será descartado na natureza;
• Usar o PEP e PEPRO para escoar a produção é necessário para a fibra e outras culturas;
• A novela da distribuição de sementes continua, nem vem do Pará, nem produz aqui, mas tem uma emenda do parlamenta estadual nesse sentido. Tem que acompanhar. Também tem em andamento projeto entre EMBRAPA, UFAM e SEPROR.
• Por fim, se tivermos uma boa safra de fibra e houve a necessidade da Conab fazer AGF não teremos armazém.

Todos os itens acima estão entre os pleitos apresentados por FAEA, OCB e FETAGRI.

Abaixo, vídeo com o apelo do juticultor.

THOMAZ RURAL