Opinião/Informação

O “guardião” do mangue ganha 20 vezes mais do que o “guardião” da floresta amazônica, o que preservou o Amazonas. Durante 14 anos, o guardião no Amazonas, bem poucos, recebeu 50 reais. Recentemente, passou para 100 reais. É o que chamo de Bolsa Miséria. É inaceitável chamar de Bolsa Floresta/Guardião da Floresta pelo valor que ela (floresta) vale e o serviço que ela presta ao mundo, aos países poluidores, que aqueceram o planeta, e que já estão secando nossos rios e enchendo nossos pulmões de fumaça pela elevação da temperatura. Envolver o nome “floresta” num programa que abrange poucos e com pagamento de 50 reais e 100 reais é um absurdo. Mudem de nome, urgentemente, ou coloquem um valor digno quando envolver o nome FLORESTA. Se nós não valorizamos, quem vai valorizar?

Apesar dos bilhões do Fundo Amazônia para projetinhos que vieram ao nosso Estado, o Amazonas já está com 65,6% da população na pobreza. Em 2018, o governador Wilson recebeu o Estado com metade na pobreza. Nos últimos cinco anos, já superamos os 65% com base em dados do IBGE.

Faço o registro da pobreza em 2018 porque alguns ainda querem defender que estava tudo bem até esse ano (2018), ano que o Fundo Amazônia foi parado corretamente. A CPI das ONGs mostrou a farra, a festa! Espero que não repita, mas já vejo sinais de volta da festa e erros na aplicação.

Após 2018, saímos de metade da população para 65,6% abaixo da linha de pobreza no Estado do Amazonas. Isso, já na atual gestão estadual.

O governador Wilson Lima tem mais três anos para fazer mudanças na equipe, pois não estamos gerando renda com a floresta, só enrolação, e novos empreendimentos travados por questões ambientais.

Lá na frente, em 2026, vão jogar no colo do governador esse percentual de pobreza aumentando, vão jogar no colo do governador o ZEE e por ai vai. Vivo o setor rural e o político há bastante tempo. Estou avisando!

THOMAZ RURAL