Governador Wilson Lima tem três anos para mudar essa triste realidade divulgada pelo Banco Central do Brasil

Opinião:

Acredito que já tem quase duas décadas que venho alertando para o baixíssimo desempenho dos produtores rurais do Amazonas ao crédito rural disponibilizado nos Planos Safras do governo federal. Nem os agroecológicos existem por aqui.

Em 2018, durante transição do governo, voltei a alertar que sem esse acesso facilitado, ágil e legal a pobreza só iria aumentar. O documento entregue por FAEA, OCB e FETAGRI aos candidatos também alertava sobre essa situação. Infelizmente, esta semana, o site do BANCO CENTRAL do BRASIL mostrou que eu estava certo. Repito, dados do BANCO CENTRAL DO BRASIL dos últimos 5 anos (2019 até 2023). Esta situação vem desde 1999.

Onde sempre travou, continuou travando, e por isso já chegamos a 65,6% vivendo abaixo da linha de pobreza. (matéria do JC abaixo com dados do IBGE)

Se não mudar, vamos continuar “alimentando” a pobreza no estado mais preservado e rico do planeta, o nosso AMAZONAS. Com o mesmo CÓDIGO FLORESTAL é vergonhosa nossa participação ao comparar com nossos vizinhos. Com o restante do país, a diferença é ainda maior. Vejam abaixo:

  • É vergonhoso ver RONDÔNIA aplicar 50 vezes mais do que o Amazonas;
  • É vergonhoso ver o PARÁ aplicar 22 vez mais do que o Amazonas;
  • É vergonhoso ver o ACRE, TOCANTINS e RORAIMA com números bem acima do Amazonas;
  • É vergonhoso ver o AMAPÁ já encostando no Amazonas;

Não temos o ZEE, que é uma política ambiental, ignorada pela área ambiental pública, uma das responsáveis pelo péssimo desempenho divulgado pelo BACEN. Desde 2003, nenhum governador teve a coragem de fazer diferente na área ambiental (com base no código florestal), o governador Wilson ainda tem três anos, mas fazendo o mesmo, e com os mesmos, não terá resultado diferente. Doutores da UFAM e UEA, e dos próprios sistemas SEMA e SEPROR, estão esperando essa oportunidade. Captar recursos internacionais de nada adiantou para os 65,6% da população que estão na pobreza no Amazonas.

Falei anos antes, falei em 2018, na transição, e esta semana os dados disponíveis no site do BANCO CENTRAL DO BRASIL mostraram nossa triste realidade. Só comparei com os estados do Norte, se comparar com o Brasil o desastre e a vergonha são maiores.

Isso mostra que ter especialidade em captar recursos internacionais não tem reflexo na ponta, fica no meio do caminho. Temos que acessar esse recurso que é briga feia pelos estados, e por aqui só travas. Deixar claro que é tudo dentro do código florestal, dentro dos 20% permitido que cobro agilidade que não vem nunca porque não querem, não ouvem nem o governador, que desde 2019 pede o ZEE.

Estamos falando de bilhões…sem acesso, a insegurança alimentar e nutricional só aumenta.

Até quando?

THOMAZ RURAL

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