“…Se dificuldades porventura surgirem, encare-as com olhar de gigante e elas se apequenarão…” Lúcio Meirelles

Opinião:

A belíssima mensagem abaixo foi escrita pelo primo Lúcio Meirelles, exemplo para mim, que sou o caçula dos primos, em diversos pontos. Talento nacional na escrita, quem não conhece, precisa conhecer. Seu jeito simples, humano e agregador muitos já conferiram de perto, sabem que estou falando a pura verdade. Não deixem de ler a mensagem abaixo e façam suas reflexões no Natal e para 2024.

Torci tanto pelo seu FLU, mas não deu, tem explicação. Até agora só não encontrei explicação para o meu BOTA/2023, talvez seja 2024 com a Libertadores e a vaga para o mundial.

Beijo primo!

Thomaz

FELIZ NATAL E 2024 TAMBÉM!

A sala com prováveis quinze metros quadrados era imensa como um salão de festas. Com a mesma dimensão o quarto dos meus pais abrigava guarda roupa, penteadeira, máquina de costura, escravo mudo e a cama do casal; as duas janelas voltadas para a Rua descortinavam o mundo. O pátio interno era comprido, como pista de boliche.

Os adultos eram gigantes e eu sequer distinguia se havia diferenças de estaturas entre eles. O IAPETEC era o prédio mais alto da terra, o campo do estádio General Osório tinha medida descomunal e tocar com as mãos os travessões de suas distantes traves era missão impossível.

Da saudosa casa da Rua José Clemente n° 268 ao Fazendário Clube, um passeio demorado; até a Ponta Negra, uma viagem sem fim. O Estádio da Colina era do tamanho da Arena da Amazônia e a garrafa de vidro da Pepsi – Cola com 330 ml de conteúdo, parecia conter 2 litros.  Tudo parecia tão grande e tão distante.

Quando me tornei gigante as coisas todas pareciam haver encolhido, ganharam medidas certas e definitivas, o aparente agora era real.

Vida de gigante nos desperta de sonhos e rouba fantasias, nos cobra seriedade e impõe responsabilidades; nos sugere adormecer, até a morte, a nossa porção criança, e torná-la inquilina comportada do condomínio intimo que há em cada um de nós.

Para o ano que se avizinha não espere, de novo, apenas ensejar coisas novas, faça-as acontecer.  Se dificuldades porventura surgirem, encare-as com olhar de gigante e elas se apequenarão, não esqueça que sempre haverá janelas a descortinar perspectivas que tornarão qualquer missão possível.

Faça constante e demore muito nos beijos que der, torne-os inesquecíveis; idem com as carícias que fizer, faça-as sem fim. Encolha o que lhe parecer grande, encurte o que lhe aparentar distante. Volte a sonhar, resgate suas fantasias, isso não lhe subtrairá seriedade nem retirará responsabilidades. Por fim, solte sua criança, onde já se viu? Condomínio de criança é a vida e seu estatuto a liberdade.

Realize isso e ao cabo de 2024, o superávit primário de sua qualidade de vida terá atingido dígitos inacreditavelmente novos. Em dialogo intimo entre o gigante e a criança solta, canta pra ela:

(…) “Ah, eu quero te dizer que o instante de te ver custou tanto penar, não vou me arrepender só vim te convencer que eu vim pra não morrer de tanto te esperar. Eu quero te contar das chuvas que apanhei, das noites que varei no escuro a te buscar, eu quero te mostrar as marcas que ganhei nas lutas contra o rei, nas discussões com Deus, e agora que cheguei eu quero a recompensa, eu quero a prenda imensa dos carinhos teus”.

FELIZ NATAL E 2024 TAMBÉM!

Lúcio Meirelles da Silva Bezerra de Menezes, orgulho de ser seu primo!

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