Caciques da etnia Xavante denunciam desvios de recursos, a favor do marco temporal e da agricultura mecanizada. Leia o manifesto…

Opinião:

Desde os tempos do senador Jefferson Peres, faz tempo que não acompanhava um senador amazonense (Plínio Valério) de fato preocupado em abrir uma caixa preta em defesa dos mais pobres que vivem no Amazonas. Quem é contra descobrir o que foi feito com os milhões destinados a ONGs é porque deve ter receio, quem sabe, de seu nome aparecer na prestação de contas. Espero que o meu não apareça porque atendi a todos os convites no chamado 0800. Nem poderia cobrar porque sempre fui como servidor público. Espero que a CPI tenha acesso a essas prestações de contas, divulgar, para separar o joio do trigo.

Já sabemos que tudo que foi feito de nada adiantou, temos o crescente número de pobres, vivem dizendo que o desmatamento aumentou, empreendedorismo travado no Amazonas, e o caboclo sem ZEE, energia solar, internet, sementes, poço artesiano e assistência técnica.

Bolsonaro errou no trato com a pandemia, foi desumano em vários momentos, mas acertou em cheio quando travou o Fundo Amazônia. Mas tem ONG que afirma não ter partido político, mas foi vermelho ano passado em razão de querer a volta do Fundo Amazônia.

Até quando?

THOMAZ RURAL

Abaixo, matéria da assessoria de imprensa do senador Plinio Valério.

LÍDERES XAVANTE DE MATO GROSSO QUE REPUDIAM DOUTRINAÇÃO DE ONGS E DESENVOLVEM AGRICULTURA MECANIZADA EM SUAS TERRAS, ACUSAM A FUNAI DE ESTAR EM CONLUIO COM LÍDERES AMBIENTAIS PARA DESVIAR RECURSOS MILIONÁRIOS ARRECADADOS EM NOME DOS INDÍGENAS QUE NUNCA VEEM O RESULTADO. CACIQUES DIZEM QUE ONGS MANIPULAM LIDERES INDÍGENAS COMO MASSA DE MANOBRA, FAZEM MUITA ASSEMBLEIA, MAS SÓ APARECEM NAS ALDEIAS PARA FOTOGRAFAR E FILMAR A DANÇA DAS CHUVAS E SUAS TRADIÇÕES

BRASÍLIA. Em manifesto lido na CPI das ONGs em nome da etnia Xavante , os caciques Arnaldo Tsererowe e Graciano Aedzane , acusaram a Funai de estar ao lado de ONGs que desviam recursos que captam usando o nome dos indígenas. No depoimento os caciques defenderam a derrubada do veto do presidente Lula ao marco temporal, e relataram que o sucesso da agricultura mecanizada em suas reservas só foi possível porque enfrentaram e não aceitaram a tutela das ONGs que pegam muito dinheiro, só fazem assembleia, prometem projetos mas somem e só aparecem na aldeia para tirar fotos das tradições indígenas para arrecadar mais dinheiro que nunca os beneficia .Isso tudo em conluio com a Funai, que deveria protegê-los.

_ Os dois estão abraçados: a ONG e a Funai. Dentro das aldeias, as comunidades indígenas estão sofrendo muito. Só continua a nossa tradição: a corrida de toras de Buriti e as danças, as danças da chuva, mas a ONG chega para filmar. Ela diz: eu vou trazer para vocês alimentação. Só de conversa. Está junto com a Funai. A Funai também foi a mentira. A Funai também está desviando muito. A Funai não cuida dos indígenas _ protestou o cacique Graciano Aedzane.

Os caciques Graciano e Arnaldo fizeram um apelo pela derrubada do veto ao marco temporal. Disseram que o presidente Lula não respeitou o voto dos parlamentares e agora temem que haja conflitos entre indígenas e produtores rurais.
_ Eu espero que os senhores Senadores, que têm consciência com a sobrevivência dos povos indígenas desse País, a gente espera a derrubada do veto do senhor presidente da República, que não respeitou o voto que representa o nosso País, que não respeita o voto do nosso senador, que é sagrado. Senhores senadores precisamos sobreviver em harmonia neste país, sem conflito, sem a morte. Isso que importa para o País _ apelou o cacique Arnaldo Tsererowe.

O cacique Graciano , da reserva Sangradouro em Mato Grosso, leu um manifesto da etnia Xavante contra as ONGs . O manifesto assinado por Graciano como “o último guerreiro” é um repúdio á tutela e um grito de liberdade em relação ás ONGs para que possam trabalhar e progredir.

“ Queremos uma vida digna acompanhando o desenvolvimento sem deixar as tradições, cultura, o modo de viver preservando nossas vidas, acompanhar desenvolvimento. O Brasil teve um grito de liberdade ( na Independência) mas o Brasil e o governo não deixaram a liberdade para os povos do Brasil. Precisamos trabalhar, desenvolver, acompanhar a modernidade e não ficar na mendicância e recebendo cestas básica, precisamos usar nossas terras e nosso territórios Indígenas. As ONG’S usam muito os povos indígenas, desviando cada vez mais recursos para outro fim ou em seus benefícios particulares. É preciso investigar nesta CPI todas as ONG’S que recebem recurso do governo federal e internacionais que manipulam líderes e caciques, usando-os como peça de manobra, adquirindo recurso em nome da comunidade com falsidade ideológica . Assim deixamos a nossa manifestação e repudio contra as ONGs” diz o manifesto .
*Assessoria do senador Plínio Valério *

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