Opinião:
Agricultor familiar com DAP física e Jurídica de seu grupo formal está com mamão apodrecendo no pé sem ter para onde vender. Enquanto isso, a Conab do Amazonas disponibiliza R$ 1,5 milhão só para peixe popular na Colônia de Pescadores de Borba.
Se dividirmos os R$ 1,5 milhão por R$ 9,52 kg do peixe popular teremos 157 toneladas, isso mesmo, 157 toneladas de pescado.
É muita coisa, e ainda tem o defeso da sardinha, pacu e matrinxã começando dia 15/11 até 15/03.
Além disso, todas essas `157 toneladas tem que passar por frigorífico sifado (SIM, SIE ou SIF). Quanto o frigorífico vai receber por kg?
Repito, nada contra pescadores ou indígenas, mas não faz sentido disponibilizar R$ 1,5 milhão para um grupo formal, enquanto agricultores familiares já estão como produto no pé e sem ter pra quem vender. A foto mostra apenas um produtor, tem vários na terra firme e várzea.
No momento em que estamos, dividir o bolo de clientes do PAA seria a melhor opção, atenderia TUDO e TODOS.
E tem mais: no caso do pescado, como tudo acontece no próprio município (até por causa da estiagem que dificulta a logística ainda mais) o ideal seria o PAA COMPRA DIRETA.
Muito mais simples, direto e com a presença da Conab facilitando acompanhamento, pagamento e doação.
É só uma opinião,
O agricultor familiar que ainda consegue vender o mamão e melancia no mercado vem recebendo a metade ou até 1/3 do preço da Conab/PAA.
Se a regional do AM não disser “onde tá doendo à matriz”, e não só justificar que a culpa é da matriz, do governo federal, os objetivos do PAA não serão alcançados.
Se colocar R$ 200 mil para cada grupo formal já tira MUITA GENTE DO SUFOCO, seja indígenas, quilombola, pescador, extrativista, manejador e agricultor familiar.
PAUTA PARA CONFERÊNCIA DA FOME DO CONSEA-AMAZONAS QUE ACONTECE NOS PRÓXIMOS DIAS.
THOMAZ RURAL