Usar esse argumento é erro grave e não é verdadeiro. Está nas páginas do OGLOBO

Opinião:

Os ataques ao nosso modelo econômico, aos incentivos do PIM/ZFM nunca irão acabar. Já disse várias vezes que existem vários argumentos técnicos para defender o modelo, mas defender os incentivos dizendo que acabar com ELES é acabar com a FLORESTA, não é verdade. O editorial do OGLOBO desta semana diz que senador Eduardo Braga vem usando esse argumento. Se vem usando, é mais uma autoridade do Amazonas que está fazendo GOL CONTRA o Estado, contra o interior, contra a população que vive nos 61 municípios, contra a produção rural, contra a ciência, pois não é verdade.

O pior é que a imprensa brasileira já percebeu que este argumento usado por algumas autoridades locais, parece que agora pelo senador Eduardo Braga, não é verdadeiro. Observem que no editorial já registram a afirmativa de que “…não há evidência disso...”.

Vejam:

Temos 56 anos de ZFM, quase 60% da população na miséria, 97% da floresta em pé e o modelo econômico do PIM/ZFM ainda não chegou no interior, tanto que temos 60% sem ter o que comer. O PIM/ZFM emprega na capital, e nem assim o homem do interior desmatou, queimou, vendeu nossa floresta nos 56 anos de existência do modelo. Ela continua em pé.

Existem alternativas, mas a verdade é que fomos incompetentes e perdemos 56 anos para criar um novo modelo econômico para ser parceiro do PIM/ZFM. Quem viveu esses 56 anos sabe o motivo.

Vamos continuar defendendo o PIM/ZFM porque, como já disse, tem defesa técnica fundamentada, é extremamente necessário para evitar o caos no estado, e ainda fomos incompetentes para adotar um novo modelo, onde entraria o nosso AGRO familiar e empresarial. A defesa do PIM/ZFM torna ainda mais urgente porque tudo por aqui está travado por questões ambientais, mas dizer que a floresta acaba com o fim do PIM/ZFM nunca foi verdade. O Amazonas tem uma população de 4 milhões. Vamos botar 20% vivendo de empregos gerados pelo PIM/ZFM, e nem por isso os outros 80% derrubaram a floresta, mas estão vivendo mal, doentes, com fome, isolados, respirando fumaça em razão do desmatamento em outros países e da economia poluente de quem abastece o Fundo Amazônia.

Vamos usar argumentos técnicos para defender o modelo, jamais colocar, erradamente, a FLORESTA na mesa de negociação por dois motivos. Por não ser verdade que vai aumentar o desmatamento, e pela ciência, pela EMBRAPA já saber como conciliar produção com sustentabilidade. O melhor exemplo é o ILPF Integração Lavoura Pecuária Floresta, mas os doutores em clima e ambiente sequer visitam a EMBRAPA. o senador Eduardo Braga tem uma inteligência privilegiada, o conheço, não precisa usar esse argumento. Ele sabe quem desmata a floresta, mas aqui temos 97% preservado.

Como estamos falando em FLORESTA é sempre bom lembrar o que foi dito na CPI das ONGs, que a FAS foi criada no governo Eduardo Braga, onde o secretário do meio ambiente deixou a secretaria para assumir o comando da FAS com um capital inicial de R$ 40 milhões, R$ 20 do Estado, R$ 20 do Bradesco.

Hoje, a SEMA tem desde 2019 um novo secretário de meio ambiente com origem na FAS. Essa FAS que está recebendo R$ 78 milhões do Banco Alemão para combater desmatamento e fazer bioeconomia. Será que vai deixar a SEMA e voltar à FAS para tocar esses R$ 78 milhões? Eu não iria, pode até ser legal, mas penso que seja imoral. Iria para outra ONG, tem várias.

THOMAZ RURAL

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