“…iniciativa visa buscar meios para o Estado produzir a própria semente de malva, para plantar na várzea, deixando de ser depende de outros estados vizinhos…”, Petrucio Magalhães

A produção de juta e malva mantem importância econômica e social relevante no Amazonas, por produzir fibras que são destinadas principalmente para a confecção de sacarias e de outros produtos para o agronegócio brasileiro. Com isso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), vem incentivando cadeias produtivas diversas e acompanha a evolução do processo, dentre elas o da produção de fibras naturais, presentes em municípios com potenciais produtivos.

Um deles, é o esforço estabelecido para produção de malva pela Cooperativa Agropecuária dos Pescadores da Mesorregião do Amazonas (Coopeixe), situada na estrada de Novo Airão, em Manacapuru (a 68 quilômetros distante de Manaus). Em ação empreendedora da Cooperativa, em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), este pelo Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (Negro), onde foram adotados, no início do ano de 2023, medidas para a implantação da cultura para avaliar sua adaptabilidade e parâmetros para a referida cultura no local e região.  O início da ação, foi acompanhado na última quinta-feira (19), pela Sepror, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf).

Segundo o presidente da Coopeixe, Donizete Pinheiro, com o apoio dos parceiros, entre eles o Governo do Amazonas, tem-se o objetivo de chegar no produto final de produzir a semente da cultura da malva, para posterior atender o agricultor familiar que está na ponta, que vai gerar emprego e renda.

“Estamos recentes no ramo do agronegócio. Nossa ideia é formar um centro de pesquisa em parceria com o Governo do Amazonas e a Ufam, para apoiar os agricultores familiares do estado. De 400 hectares que temos disponíveis em nosso empreendimento, começamos a adotar ações em 10 hectares, contando com a malva como produto central, onde buscaremos ampliar a cada ano, com a estimativa de produzir 10 toneladas de sementes de malva na área em implantação”, diz Donizete.

Em parceria com a Sepror, Idam, as sementes disponíveis e a serem utilizadas, foram desenvolvidas na fazenda experimental da Ufam, oriundo de um projeto de pesquisa e extensão na produção de sementes de malva, que contou com o foco de tornar o Amazonas alto suficiente na produção de fibras naturais.

De acordo com o secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, a iniciativa visa buscar meios para o Estado produzir a própria semente de malva, para plantar na várzea, deixando de ser depende de outros estados vizinhos.

“A fibra que sai daqui do Estado se transforma em sacarias de café e para outros produtos do agronegócio nacional. Por meio do Programa Agro Amazonas, estamos incentivando a produção de sementes por meio do edital publico para aquisição e distribuição dessas sementes para os agricultores do Amazonas. Temos também o planejamento para resolver a colheita com máquina para descorticar a fibra e o seu beneficiamento para novas utilizações no mercado. São temas que merecem todo o esforço do Governo do Amazonas para avançarmos na produção de juta e malva”, ressalta Petrucio.

Aquisição de sementes – O edital de aquisição de sementes de malva lançado no segundo semestre do ano passado, vai disponibilizar um valor de R$ 500 mil que prevê a compra de 10 toneladas de malva, possibilitando o fomento ao plantio de malva no Amazonas com a finalidade de produção de sementes.

Entre agricultores, cooperativas e associações, serão amparados 15 credenciados por meio do edital, para o processo de produção de sementes, este a ser fomentado posterior os agricultores familiares e empreendedores que estão presentes nos municípios em destaque na atividade. O objetivo é dar condições e também expandir a produção da cultura da malva pelos agricultores familiares no Amazonas.

O Edital ainda está em andamento administrativo para atender os credenciados e potencializar condições para amparar a produção de sementes no Estado.

Fotos: Emerson Martins/Sepror

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