Opinião do BLOG
O gráfico abaixo foi disponibilizado pela CONAB na revista Indicadores da Agropecuária do mês de DEZEMBRO.
A região Norte é a com menor número de contratos (quantidade e milhões) do Crédito Rural. Sul, Sudeste e Centro-Oeste disparam. O gráfico, por si só, já esclarece a razão dos maiores índices de pobreza no Norte e Nordeste. Os números não metem. Se o crédito não chega a pobreza não acaba.
Sem crédito a produção é baixa, a geração de emprego fica comprometida e, com isso, agravam os problemas de saúde, educação e segurança de qualquer município, estado ou país.
A capilaridade dos agentes oficiais no gigante Amazonas é um grande entrave. Nesse aspecto, não vejo qualquer sinalização do governo federal em aumentar o número de agências no interior. Temos 70% do estado sem agência dos operadores BB e BASA. A tendência é de redução.
Aprendi com o Petrucio, quando ainda estava na OCB, hoje é nosso secretário de produção rural, que a saída é o cooperativismo de crédito. Hoje, estou convencido de que esse é o único caminho para o maior acesso ao crédito, mas ainda precisamos avançar muito no cooperativismo de crédito no Amazonas.
A regularização fundiária e licenciamento ambiental são outros grandes entraves para avançarmos no financiamento rural. Como os órgãos responsáveis pela RF e LA não tem pernas para atuar no gigante Amazonas, só avançaremos nesses itens com o uso da tecnologia, de satélites. Se existe tecnologia para multar e identificar focos de fogos em qualquer lugar do nosso estado, temos que usar essa mesma tecnologia para agilizar o licenciamento ambiental e a regularização fundiária.
THOMAZ RURAL