Opinião do BLOG
É extremamente necessária essa ampliação do quadro da ADS no interior do estado. É bom esclarecer que os recentes concursos foram para atender, em parte, as demandas do IDAM e da ADAF. A ADS estava de fora, portanto, foi um acerto esse fortalecimento da Agência de Desenvolvimento Sustentável, mas que o foco seja exclusivo na “COMERCIALIZAÇÃO“. Foi bom ler a postagem do secretário Petrucio e constatar que “…a comercialização da produção dos agricultores rurais é prioridade…“. É isso mesmo, esse é o caminho, a “COMERCIALIZAÇÃO”, aliviando um pouco da carga que já carregam os colaboradores do IDAM e da ADAF no interior, que tem outras nobres missões, mas nunca se negaram a contribuir na geração de renda dos nossos produtores rurais.
Durante a EXPOAGRO foi amplamente divulgado que o Amazonas foi o estado que mais abriu mercado ao agricultor familiar no instrumento federal chamado PAA COMPRA INSTITUCIONAL. Isso realmente é verdade, acompanhei toda essa evolução desde a obrigatoriedade, a partir de 2015. Contudo, abrir mercado não significa a efetiva participação dos nossos agricultores familiares. É preciso do apoio governamental (município, estado e federal) para que isso aconteça. Entendo que é uma demanda que pode ser ajudada por esses novos técnicos lotados no interior. Esse recurso é do Amazonas!
Ainda em âmbito federal, entendo que uma maior aproximação da Conab/AM poderia contribuir, e muito, para dar maior abrangência à PGPMBio. Isso já houve no passado quando a ADS contou com alguns poucos colaboradores no interior. Foram importantes para o pagamento da subvenção federal. Lábrea e Manicoré foram exemplos desse apoio.
Por falar em PGPMBio, este ano a Conab já pagou no Brasil R$ 13.750.073,00 (Treze milhões...) para extrativistas de vários estados, mas, infelizmente, no Amazonas, a regional da Conab só pagou R$ 28.123,29 (vinte e oito mil…) Menos de 0,3% dos R$ 13 milhões. Esta semana vou divulgar todos esses novos dados da PGPMbio em nosso estado. Uma tristeza! Nada justifica esse péssimo desempenho, pois atingir apenas 25 extrativistas no Amazonas é inaceitável. Certamente esses novos 40 técnicos da ADS podem, e muito, contribuir para que esse recurso federal chegue ao nosso extrativista. O governo federal quer que chegue, mas no Amazonas não chegou.
Já a subvenção estadual, a de fibras e borracha, e em breve da piaçava (tá no Plano Safra, e é o público mais vulnerável do estado) vai ganhar novo impulso.
Também é minha torcida que esses novos técnicos ajudem a qualificar o fornecimento ao PREME deixando-o exclusivo ao produtor rural e seus grupos formais.
Parabéns à ADS! Parabéns ao Sistema SEPROR!
THOMAZ RURAL