Ação do IDAM comprova que extrativistas precisam e querem ter acesso a SUBVENÇÃO da CONAB em Manicoré (PGPMBio)

Opinião do BLOG

Essa nova ação da UL/MANICORÉ reforça meu pensamento de que a virada econômica do nosso estado passa, estrategicamente, pelo nosso IDAM. Como é bom ver técnicos do IDAM na zona rural num esforço gigantesco para que o nosso produtor seja bem remunerado. A imagem acima é uma reunião na RDS do Rio Madeira, onde os extrativistas, de braços erguidos, querem acessar a subvenção federal do CACAU. Além do IDAM, esse encontro teve a participação da FAS (Fundação Amazonas Sustentável) que, segundo informações que recebi do IDAM,  instalou uma fábrica para moer (cacau em pó), fazer licor e  cacau em barra.  

Além da diretoria da APRAMAD, da Ceplac, os alunos do curso de gestão comercial da UEA também estiveram presentes da RDS.

O IDAM vem emitindo a DAP, Cartão do Produtor e, dentro do possível, viabilizando o cadastramento do extrativista na PGPMBio que é operada pela CONAB.

Por telefone,  no bate papo que mantive com Manicoré, ficou muito evidente a extrema necessidade de uma maior aproximação da regional da Conab no Amazonas com o IDAM. É urgente a necessidade de orientação para realizar esse cadastro. O ideal seria o IDAM coletar as informações, colher a assinatura dos extrativistas (individual ou grupo formal) e encaminhar a documentação para a finalização do cadastro na regional da Conab/AM. Será que a regional faz esse cadastro? Será que pode fazer esse cadastro? Também ouvi comentários sobre a dificuldade de se criar e-mail ao extrativista.

Hoje, o preço mínimo do cacau (amêndoa) é de R$ 7,57 kg. Segundo a própria CONAB, o extrativista tá recebendo R$ 6,00 kg.

Então, ele faz jus a R$ 1,57 kg de subvenção federal.

Segundo dados da SEFAZ, foram  comercializadas 150 toneladas de amêndoa de Manicoré para  São Paulo e Pará. Então, 150.000 kg X R$ 1,57 kg = R$ 235.500,00

Numa conta rápida,  a falta de ação do Governo Federal/Conab deixou de aplicar/circular R$ 235.500,00 da PGPMBio (cacau) só em Manicoré.

De acordo com o gráfico elaborado pela própria CONAB/Matriz (abaixo) é fácil constatar que essa situação de baixo preço ao extrativista vem desde SETEMBRO do ano passado até HOJE.

Pergunto: Qual seria a justificativa da CONAB/AM para esse baixo desempenho na PGPMBio que só beneficiou QUATRO EXTRATIVISTAS de cacau? O Vendas em Balcão tá parado, sem milho há meses. O PAA não tem orçamento, e a PGPMBio aplicando menos de 0,1% em nível nacional.

O que tá acontecendo? O que diz a área operacional? 

As regionais da Conab tem a obrigação de operar esses programas e políticas, caso contrário, não faz sentido existir. Os órgãos de controle, além de acompanhar a correta aplicação, tem que cobrar desempenho, cumprimento de metas.

Esse desempenho é inaceitável quando se tem recurso financeiro e ainda o fato de estarmos num estado com 49,2% na pobreza. 

Este espaço sempre estará à disposição da CONAB (regional ou matriz), ou de qualquer outro órgão, para prestar esclarecimentos que possam ajudar o produtor rural a ter melhor renda.

Abaixo, disponibilizo o link das normas operacionais da subvenção da PGPMBio e, também, o contato da superintendência e da área de operações para que possamos avançar no Amazonas.

https://www.conab.gov.br/images/arquivos/moc/35_SUBVENCAO_DIRETA_AO_PRODUTOR_EXTRATIVISTA_SDPE.pdf

THOMAZ RURAL

 

 

 

 

 

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