Opinião do BLOG:
Faço algumas reflexões sobre esse recorrente e indesejável estado de calamidade em alguns municípios que volta a ser capa do Jornal ÀCRÍTICA.
- Os dados usados na matéria tem o IDAM como fonte, o que mostra, mais uma vez, a importância desse órgão na esfera estadual. Ratifico o que sempre disse, o IDAM sempre fez muito, continua fazendo, com uma estrutura que nem de longe é compatível com a dimensão geográfica do nosso Amazonas. O recente concurso vai possibilitar ampliar as ações, mas ainda não será é o ideal;
- Lamento, e muito, os governadores Omar, Melo, David e Amazonino pelo fato de não procurarem o Governo Federal para assinar o termo de adesão ao programa Garantia Safra. Isso amenizaria o sofrimento de alguns ribeirinhos prejudicados com essa nova enchente. Lembro que o ex-secretário Sidney Leite até tentou (eu acompanhei), o Eron também, mas a “Compensa” ignorou. Hoje, felizmente o governador Wilson, atendendo pleito do Petrucio, já manifestou interesse ao Ministério da Agricultura. Recentemente, técnico do MAPA já esteve em Manaus discutindo as condições da adesão ao Programa Garantia Safra com diversos atores locais. Esse encontro foi no auditório do Ministério da Agricultura. O MAPA já sinalizou positivamente para a adesão do Amazonas a partir de 2021, já que não existe prazo legal para 2020 (o processo de adesão deveria ter iniciado no governo Amazonino ou David). Esse pleito sempre foi pauta constante da FAEA, OCB e FETRAGRI-AM;https://reporterparintins.com.br/?q=276-conteudo-102225-sepror-inicia-processo-para-aderir-ao-programa-garantia-safra
- Dentro dos R$ 60 milhões, sei que é pequeno o número de produtores com financiamentos do PRONAF, ou seja, passíveis de obter algum benefício do seguro rural. Contudo, sem o ZEE e o ZARC esse acesso fica ainda mais complicado. Felizmente, já neste primeiro semestre do governo Wilson/Petrucio, já aconteceram três reuniões para avançar com o ZARC. O MAPA e a EMBRAPA já estão ciente do interesse do governo do Amazonas, já tem recurso do orçamento para esse fim, inclusive com culturas iniciais já definidas em reunião no MAPA/SFA com a presença de diversos atores, entre eles a FETRAGRI, FAEA, OCB, EMBRAPA, Sistema SEPROR, entre outros importantes parceiros;https://thomazrural.com.br/2019/04/03/wilson-e-petrucio-acabam-com-descaso-de-24-anos/
- A matéria registra as maiores perdas de banana, macaxeira e mandioca. Todos esses produtos podem ser beneficiados, mas esses produtores não contam com estrutura para esse beneficiamento. É do meu conhecimento que já tramita no Sistema SEPROR a intenção de adequar a Central de Abastecimento de Iranduba (inaugurada há anos só pra eleger candidato, sem funcionamento até hoje) para oferecer esse serviço de agregação de valor ao produto regional. Isso reduz o desperdício e pode colocar esses produtos nas compras públicas. Tenho certeza que dentro dos quatro anos de mandato o governo Wilson/Petrucio vai colocar aquela Central para funcionar;
- Todos nós sabemos que mais de 90% da nossa produção tem origem na agricultura familiar, o que chamo de agronegócio familiar. São pequenos produtores rurais, portanto, clientes prioritários dos instrumentos de compras públicas. O PAA e o PNAE já definem bem esse público como beneficiário.
THOMAZ RURAL