Opinião do BLOG:
Os quadros abaixo foram apresentados durante o Simpósio promovido pelo CMA/12 Região Militar e o Ministério da Cidadania.
Fica fácil perceber que a nossa AGRICULTURA FAMILIAR deixou de acessar, POR VÁRIOS MOTIVOS, R$ 55 milhões de um total de R$ 63 milhões.
A ideia do CMA/12 Região Militar e do Ministério da Cidadania é evitar que isso se repita no atual exercício, ou seja, que esse recurso financeiro deixe de ir para o bolso do AGRICULTOR FAMILIAR. Por esse motivo realizou o SIMPÓSIO.
Contudo, se não fizerem os ajustes abaixo relacionados o avanço ainda não será o esperado. São eles:
- A disputa pelo menor preço tem levado os produtores e grupos formais a PREÇOS que não cobrem o custo de produção nas chamadas públicas do PAA/COMPRA INSTITUCIONAL das Forças Armadas (Governo Federal). Isso tem desestimulado a participação em alguns casos. O critério deveria ser o mesmo do PNAE onde preço não é critério de desempate;
- Nós estamos falando de milhares de refeições, então não se justifica entregas de quantidades pequenas que inviabilizam (custo logístico) a saído do produtor da área rural, as vezes de municípios distantes, para os quartéis. A disputa por preço já joga o valor para baixo, e ainda tem que entregar pequenas quantidades espalhadas. Isso precisa ser revisto, e foi dito no recente evento;
- A representante da ASPROC, de Carauari, levantou um ponto interessante e verdadeiro. Nas chamadas públicas já realizadas do que foi contratado somente um valor pequeno foi solicitado. Isso tá errado, nesse caso, o produto veio de Carauari e boa parte não foi recebido. Tá evidente que é preciso um melhor planejamento das Forças Armadas;
- A elaboração dos editais não pode ser feita isoladamente, tem que ter o apoio dos órgãos do setor primário, pois só eles sabem os produtos, quantidades e sazonalidade. Gostei muito da ideia do próprio CMA/21 RM de realizar audiência pública para elaborar o edital.
- As Forças Armadas precisam incluir nas Chamadas de outros estados produtos do Amazonas. Exemplo: pirarucu manejado (tem que exigir que seja manejado), polpa de açaí, castanha-do-Brasil. Aqui em Manaus, a Chamada Pública da AF incluiu cortes de frango, leito em pó, arroz, etc,. Nada contra, está correto, pois tem produtores de outros estados que se enquadram na categoria de agricultura familiar para esses produtos, mas tem que exigir que coloquem nossos produtos na Chamada do Rio Grande do Sul, por exemplo.
Não vi um deputado estadual nesse SIMPÓSIO, que pena, pois nossos agricultores familiares precisam desse mercado de R$ 55 milhões.
Um dia a gente chega lá!!