No recente encontro com o governador Wilson Lima, o Banco da Amazônia anunciou, mais uma vez, que está disponibilizando 1,7 bilhão em crédito para o Amazonas. Desse total, 177 milhões para o agronegócio familiar ou empresarial.
Esse protocolo já foi assinado com os últimos governadores (foto, abaixo, com Melo e Amazonino, mas também aconteceu com Omar e Eduardo). Infelizmente, o acesso dos produtores rurais do Amazonas ficou bem abaixo do disponibilizado, eis o motivo da continuada dependência de emprego e renda do modelo PIM/ZFM.
Nada contra o BASA, nem poderia ser, mas o que tenho sempre mostrado é que esses recursos não chegam ao PRODUTOR RURAL do AMAZONAS. Os quadros, abaixo, extraídos do site do BANCO CENTRAL, mostra os números do ano passado.
Por falta de audiência pública na ALEAM certamente não foi, pois participei de quase todas com esse tema, inclusive uma articulada pelo deputado Dermilson logo no início de seu mandato, lá em 2015/16, na condição de presidente da comissão que tratava do setor primário. Foi um encontro com a presença dos titulares do BB, CAIXA, BASA e AFEAM. Iniciei esse encontro, a pedido do próprio Dermilson, mostrando os números da época e do próprio site do BANCO CENTRAL. Pouco evoluímos, mas não podemos desistir, pois é a única saída que temos para tirar o Amazonas do buraco econômico que os últimos governadores nos enfiaram.
Ano passado, gráfico abaixo, o AM acessou 10 milhões do FNO/PRONAF, segundo dados do Banco Central do Brasil. Será que agora vai acessar 177 milhões?
Queria que o BASA explicasse o que fez o Pará para aplicar cento e tantos milhões.
O que fez Rondônia para aplicar 109 milhões?
No FNO geral, o AM acessou 60 milhões, então vai acessar 1,7 bilhão agora?
Pará e Rondônia, cada, aplicaram 800 milhões.
Tocantins 600 milhões, quadro abaixo.
O que cobro do BASA é que diga, claramente, diretamente às nossas autoridades o que é feito no Pará, Rondônia, Tocantins, entre outros, que não fazemos AQUI!
O BASA não pode se limitar a apenas assinar o protocolo de INTENÇÕES, tem que aplicar o 1,7 bilhão.
A manifestação do CARLOS, do IDAM, explica um pouco o motivo do nosso baixo desempenho.
E a manifestação do presidente do BASA (abaixo) deixa evidente que não será tarefa fácil do nosso produtor chegar a esse recurso.
O presidente do BASA fala em procurar a AGÊNCIA, mas 70% dos nossos municípios não tem agência. E as distâncias são longas e caras.
O presidente fala em procurar ASSISTÊNCIA TÉCNICA, evidentemente que estamos falando do nosso IDAM, que mesmo com o concurso viabilizado pelo Amazonino, que o Wilson vai chamar os aprovados, ainda deixaremos 250 mil produtores sem apoio técnico, sem projeto a ser apresentado ao BANCO. A ATER privada ainda é pequena no Amazonas.
Além do vazio bancário e da ausência de ATER compatível com o tamanho do AM, temos o histórico gargalo fundiário e ambiental que precisa de urgente audiência pública, inclusive chamando a área ambiental e fundiária de estados vizinhos, pois os números do crédito rural nesses estados é bem superior ao do Amazonas. Temos que aprender com eles, pois não podemos continuar com 49,2% da população passando fome e o PIM/ZFM definhando.
Precisamos deixar de ser exportadores de empresários por questões fundiárias e ambientais. Frase sempre dita nos eventos, e é verdadeira, mas temos que mudar.
A ALEAM precisa realizar nova AUDIÊNCIA PÚBLICA sobre esse tema, e quantas forem necessárias para que possamos avançar, a bancada federal também precisa debater o CRÉDITO RURAL que deveria ser aplicado por BB, BASA e CAIXA.
Até parece que a CAIXA não tem obrigação de fazer CRÉDITO RURAL do AM, mas faz bilhões pelo Brasil a fora. E no Amazonas, quais os números?
Com todas as limitações, BB e BASA ainda se esforçam, mas a CAIXA?
Veja, abaixo, dados do Banco Central do Brasil, assinatura das “intenções” com Melo e Amazonino, opinião do técnico do IDAM, Carlos, e a manifestação do atual presidente do BASA em recente evento com o governador Wilson Lima.